Que hei de fazer Eu tão nova e desamparada Quando o amor Me entra de repente Pela porta da frente E fica a porta escancarada
Vou te dizer A luz começou em frestas Se fores a ver Enquanto assim durares Se fores amada e amares Dirás sempre palavras destas
Pra te ter Pra que de mim não te zangues Eu vou te dar A pele, o meu cetim Coração carmesim As carnes e com elas sangues
Às vezes o amor No calendário, noutro mês, é dor É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor No calendário, noutro mês, é dor É cego e surdo e mudo E o dia tão diário disso tudo
E se um dia a razão Fria e negra do destino Deitar mão À porta, à luz aberta Que te deixe liberta E do pássaro se ouça o trino
Por te querer Vou abrir em mim dois espaços Pra te dar Enredo ao folhetim A flor ao teu jardim As pernas e com elas braços
Às vezes o amor No calendário, noutro mês é dor É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor No calendário, noutro mês, é dor É cego e surdo e mudo E o dia tão diário disso tudo
Mas se tudo tem fim Porquê dar a um amor guarida Mesmo assim Dá princípio ao começo Se morreres só te peço Da morte volta sempre em vida
Às vezes o amor No calendário, noutro mês é dor É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor No calendário, noutro mês, é dor É cego e surdo e mudo E o dia tão diário disso tudo
Às vezes o amor No calendário, noutro mês é dor É cego e surdo e mudo
Às vezes o amor No calendário, noutro mês, é dor É cego e surdo e mudo E o dia tão diário disso tudo
Compositor: Sergio de Barros Godinho (Sérgio Godinho) (SPA)Editor: EMI Songs Portugal (SPA)Publicado em 2020 (25/Mar) e lançado em 2019 (16/Dez)ECAD verificado obra #25811192 e fonograma #20397068 em 29/Out/2024 com dados da UBEM