Corre um boato aqui donde eu moro Que as mágoas que eu choro são mal ponteadas Que no capim mascado do meu boi A baba sempre foi santa e purificada
Diz que eu rumino desde menininho Fraco e mirradinho a ração da estrada Vou mastigando o mundo e ruminando E assim vou tocando essa vida "marvada"
É que a viola fala alto no meu peito humano E toda moda é um remédio pros meus desenganos É que a viola fala alto no meu peito humano E toda a mágoa é um mistério fora desse plano
Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver Chega lá em casa pruma visitinha Que no verso e no reverso da vida inteirinha Há de encontrar-me num cateretê Há de encontrar-me num cateretê
Tem um ditado tido como certo Que o cavalo esperto não espanta a boiada E quem refuga o mundo resmungando Passará berrando essa vida "marvada"
"Cumpadi" meu que envelheceu cantando Diz que ruminando dá pra ser feliz Por isso é que eu vagueio ponteando E assim procurando minha flor-de-lis
Compositor: Rolando Boldrin (ABRAMUS)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2018 (02/Mai)ECAD verificado obra #7714 e fonograma #15479525 em 19/Abr/2024 com dados da UBEM