Ó, que saudade do luar da minha terra Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão Esse luar lá na cidade tão escuro Não tem aquela saudade Do luar lá do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata Mas parece um sol de prata Prateando a solidão E a gente pega a viola que ponteia E a canção e a lua cheia A nos nascer do coração
Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão
Coisa mais bela neste mundo Não existe Do que ouvir um galo triste No sertão se faz luar Parece até que a alma da lua É que diz, canta Escondida na garganta Desse galo a soluçar
A quem me dera Eu morresse lá na serra Abraçado a minha terra E dormindo de uma vez Ser enterrado numa grota pequenina Onde a tarde a sururina Chora a sua viuvez
Não há, ó gente, ó não Luar como esse do sertão
Compositor: Catulo da Paixao Cearence (Catulo da Paixao) (UBC)Editor: Fermata (UBC)Publicado em 1983 (21/Set) e lançado em 1983 (01/Out)ECAD verificado obra #2013726 e fonograma #568893 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM