Na mão que toca o manto Que cobre a sobra, a noite que enforca A promessa que não se cumpriu, o doce beijo que traíu A pura maldade revelada no amor, o ódio aliado a dor Revolta e acidez, Loucura e lucidez Oscilando na mesma sombra de uma só vez
De parto normal concebido, De vida morna, de morte fria De pele escura, de mão esguia Fazendo da vingança a sua solução, Justiça com as próprias mãos O país abriga a mentira, com casa, roupa e comida, Legislação falida, sociedade iludida, fudida, na rua espremida
De carros, atrasos, fracassos, Impostos acumulados nas costas de quem paga o pato A farda só pesa em quem não é fardado, A lágrima escorre no rosto do garoto pardo Sugadores vestidos a rigor, atrasa-lado, Eleito do povo com pose de redentor, o nosso doce absurdo, Brasil, terceiro mundo: Frases de liberdade continuam em cima do muro
Não precisamos de ódio pra lutar Em uma mão a luminosa espada E na outra o cajado pra abrir o mar É o manifesto que abala a muralha da impunidade Aqui se faz, aqui se paga, sem espaço pra covardes Pra mudar o que tá em volta, então primeiro eu mudo, Porque vontade sem ação, irmão, é um tiro no escuro
O sorriso na cara do moleque que manda um rap Causa o medo no rosto da madame tapando o rolex Julgando o pivete pelo kichute A camiseta rasgada e a sua pochete Uma ação natural, Pra muitos isso é normal, O preconceito enraizado no solo social Só que pra mim isso não dá, vamos parar pra pensar!
Porque é tão fácil julgar, Tirar e menosprezar Queria ver aguentar, Acordar as 6 pra trampar, Fica sem água, luz, sem gás Pra tu cozinhar E o povo ainda sorri, Tem força pra superar
Tem que em frente seguir Senão não dá pra chegar Devia haver mais amor, Vamos tirar esse rancor, Temer o que é diferente É perder tempo doutor! É perder tempo!
Se esses moleques estão na rua é porque alguém botou, Por conta própria não foi, a circunstância endoçou Então a escola é a rua, o aprendizado tortura, Se for pra vida ensinar, então a lição é dura Aí você vê o que rola, na educação ninguém investe, Cê vê promessa na tv mas ela nunca acontece!
Mais comprometimento social, cultura é vital, Porque desgraça aqui, é fenômeno natural Vamos parar de falar, a fita é raciocinar, Pensar em cada movimento antes de movimentar Com coragem no olhar, com orgulho no peito
A fé vai na frente, iluminando o caminho estreito Quero mudar o que ta em volta, então primeiro eu mudo, Porque vontade sem ação, irmão, é um tiro no escuro Pra mudar o que tá em volta, então primeiro eu mudo, Porque vontade sem ação, irmão, é um tiro no escuro
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Compositores: Fernanda Aime Pinheiro (Fernanda Aime) (ABRAMUS), Gabriel Dias da Rocha (Gabriel Diaz) (ABRAMUS)Editor: Baobá Records (ABRAMUS)Administração: Ep Mix Editora (ABRAMUS)Publicado em 2018 (05/Jul) e lançado em 2017 (04/Abr)ECAD verificado obra #34491908 e fonograma #18307467 em 11/Jun/2024 com dados da UBEM