A vida não perde o prumo E assim vai seguindo o seu rumo Desliza nos trilhos do tempo Destrancando as portas do mundo
Florescendo a mata da serra Dourando de sol nossa terra A vida não se reserva Seja inverno ou primavera
Segue o remanso lento Esse rio imenso que quer chegar Vai na força da vida que o convida A nunca parar
Na solidão da terra A cigarra espera pra ver chegar O dia em que cantará pra misturar a voz Na voz que a vida tem
A vida nunca desiste É certo outro dia virá E assim a semente cresce O fruto aparece pra confirmar E a luz que ao nascer da aurora Despede a noite que dormirá E a estrela resguarda o brilho pra Que depois possa rebrilhar
A vida é parto constante É pátria de todo andante Quem chega, quem parte, quem fica Reparte a dor da partida
Em todos os cantos do mundo Ao nobre e ao vagabundo A vida sorri generosa Despertando verso e prosa
Segue o poeta triste A dor que insiste em resguardar Cestos de alegrias que se iluminam De poema e sol
Segue a boiada mansa Que na estrada avança querendo chegar E eu vou seguindo a vida Que vai amansando o meu coração
Compositores: Padre Fábio De Melo, ScjPublicado em 2006 (31/Jul) e lançado em 2006 (26/Jul)ECAD verificado fonograma #1083246 em 14/Abr/2024 com dados da UBEM